Shrek Para Sempre - Filmes de Cinema

Compartilhe Filmes

Shrek Para Sempre, também chamado de Shrek 4ever After, é um filme de animação estadunidense lançado em 2010, sendo o quarto episódio da franquia do ogro mais querido da DreamWorks.

O filme é feito para todos os gostos e públicos, afinal, o que mais pode querer um pai que tem que sentar com os filhos numa tarde de sábado?

É uma película solidamente organizada, com boa animação, além de uma admirável trilha sonora (destaque para Top of the World, dos Carpenters) e outras diversas sequências divertidas o suficiente para manter crianças e adultos felizes.

A participação do Flautista de Hamelin é memorável, especialmente quando seus dons musicais fazem as bruxas malvadas de Rumpelstiltskin dançarem contra sua vontade como um trio de garotas de hip-hop.

A verdadeira qualidade sonora do filme Shrek Para Sempre é ressaltada, por assim dizer, em cenas como essa. A atriz Kathy Griffin fornece sua voz para uma das bruxas, embora tenha sido uma participação tímida e eficaz. O mesmo vale para Jon Hamm, que interpreta um ogro heroico no acampamento de Fiona (Cameron Diaz). Mas por que contar com tais talentos no elenco se vão acabar deixando-os de lado?

Shrek Pra Sempre

Shrek 4 recaptura um pouco da consciência da cultura pop que o tornou tão notável quando estreou em 2001. Será que já houve um conto de fadas com realidade alternativa tão envolvente, apenas por brincar com todas as divertidas referencias ao universo regular dos personagens?

Dessa forma, Shrek Para Sempre é um filme que mostra o compromisso final de um personagem, fazendo um paralelo apropriado entre a juventude e a vida de deveres de um pai de família. Shrek tem que aprender a aceitar a nova vida, talvez menos excitante do que a que era habituado. E isso é algo que muitos de nós enfrentamos uma hora ou outra.

Shrek Para Sempre: Sinopse

Esta última aventura se aproveita do reuso de um conceito antigo, que já vimos em todos os cantos e contos. Quando o ogro verde (dublado nos EUA por Mike Myers e no Brasil originalmente por Bussunda) torna-se frustrado com sua nova vida doméstica de trocar fraldas e ajudar a esposa, ele tropeça em um acordo com Rumpelstiltskin (Walt Dohrn), o trapaceiro da lenda que manipula Shrek para desejar a si mesmo a inexistência.

Shrek Pra Sempre 2

Acontece que, para pagar um desejo, ele doa um dia de sua vida para “Stiltskin”, modo que o herói chama seu novo inimigo. Shrek acha que está recebendo em troca um dia para atacar e assustar os aldeões, como costumava fazer, mas é tapeado.

O ogro, inadvertidamente, paga com o dia em que nasceu, o que significa que, uma vez que não tenha nascido, nunca existiu. Com isso, uma realidade alternativa é criada, onde Rumpelstiltskin é o rei despótico do reino, e Fiona, que já não é mais esposa de Shrek, a líder da resistência na luta contra o vilão. O Burro (Eddie Murphy) se torna um escravo e o Gato de Botas (Antônio Banderas) é gordo, preguiçoso e que só pensa em comer. Nenhum deles reconhece Shrek.

Sua tarefa para quebrar o feitiço é encontrar uma maneira de fazer com que Fiona se apaixone por ele novamente, mesmo que ela não tenha ideia de quem ele seja. Apenas o beijo do “Verdadeiro Amor” pode desfazer a magia de Stiltskin e restaurar a realidade. Porém, nesta versão, Fiona é uma donzela endurecida pela batalha e que não tem tempo para bobagens como o amor. A tarefa, então, não será tão simples.

Shrek Para Sempre: Crítica

Com o argumento de que “É Uma Vida Maravilhosa”, mostrando Shrek mergulhado em um universo alternativo onde ele nunca existiu, a película encontra uma maneira de retornar ao que fez os dois primeiros filmes engrenarem.

Em Shrek Para Sempre, os personagens Shrek e Fiona têm muito que fazer, e o roteiro permite que eles se apaixonem novamente com uma carga emocional satisfatória. No entanto, em contrapartida, O Gato de Botas e o Burro desfrutam de menos tempo na tela do que nos longas anteriores, pois suas histórias não são mais do que temas secundários.

Nesta película, ambos recebem arcos do personagem principal ao lado do vilão trapaceiro que rouba a cena. No início, o Burro está sofrendo com os desmandos de Rumpelstiltskin (ele está puxando uma carroça quando é encontrado pelo ogro) remetendo à cômica amizade do início, quando Shrek ainda não sabia aturar o lacaio falante.

Da mesma forma, o Gato de Botas deste mundo há muito tempo aposentou suas botas e se dedicou a uma vida preguiçosa de luxo como o animal de estimação estragado de Fiona.

Tudo isso funcionou porque o diretor Mike Mitchell e sua equipe concentraram os personagens em cenas de piadas visuais e trouxeram de volta ao elenco grandes nomes, como John Hamm e Craig Robinson.

Elogios também a Walt Dohrn, artista de storyboard e escritor do estúdio, que fez um excelente trabalho nos vocais de teste de Rumpelstiltskin, tanto que foi escolhido para interpretar o papel final. O profissional foi um dínamo de carisma, transformando o pequeno vilão numa delícia sorrateira.

Embora o enredo principal recaia diretamente sobre o confronto de Shrek com seus medos pessoais (a preocupação de que ele não seja feito para ser um homem de família), isso o constrói com sentimentos livres, mais frescos e sem depender da cansada situação de paródia dos contos de fadas, motivo da queda do último filme.

Ainda há alguns momentos referenciais (um dos exércitos de bruxas de Rumpelstiltskin é despachado com uma taça de água e sai no verdadeiro estilo Mágico de Oz), mas está a serviço da história, não estampado como justificativa do gênero, na esperança de cobrir sobre furos de continuidade.

Da mesma forma, o 3D (modo como o filme foi exibido) não é tratado como um espetáculo que cura tudo. O efeito é limitado em grande parte a uma sensação saudável de profundidade e alcance, com apenas um ou dois momentos rápidos de objetos voadores.

Por enquanto, este é o capítulo final, desse modo foi bom ver Shrek sair em alta. Shrek 4 possui ótima trilha sonora e dublagem, no entanto, uma nota deve ser feita sobre Cameron Diaz como Fiona. Talvez pelo cansaço de interpretar o mesmo papel quatro vezes, nota-se um pequeno desinteresse por sua parte. Diaz se parece menos com uma garota ogra guerreira e mais como uma atriz entediada.

O mesmo não pode ser dito do Burro de Eddie Murphy ou para o Gato de Botas de Antônio Banderas. Enquanto o primeiro é mais ou menos o mesmo palhaço que conhecemos desde o começo, o segundo, por mais gordo que o personagem esteja, continua tendo a lealdade e honra como um gato.