Cartas para Deus - Filmes de Cinema

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Cartas para Deus é um emocionante filme lançado em 2010 do gênero drama e que foi inspirado na história real de um menino chamado Tyler, filho do roteirista da obra Patrick Doughtie. O longa também conta com a direção de David Nixon, que produziu, entre outros sucessos, “A Prova de Fogo”.

Tyler Doughtie era um menino de 8 anos que foi diagnosticado com câncer no ano de 2003, passando por um longo período de tratamento, mas acabou não resistindo e veio a falecer em 2005. Dois anos depois, o diretor Patrick Doughtie criou coragem e decidiu contar ao mundo sobre a relação especial de seu filho com Deus.

A ideia original era fazer um livro contanto a história, porém, Patrick acabou entrando em depressão no sexto capítulo e teve que parar de escrever. Ele então percebeu que adaptar a história para as telas seria uma opção mais fácil de ser desenvolvida, então fez um curso para roteiristas.

Mesmo a história sendo baseada em fatos reais, alguns detalhes importantes são ficcionais, como as cartas e o carteiro. Essa ideia surgiu após Patrick encaixotar os pertences de seu filho e encontrar um pequeno bloco de notas onde o garoto escrevia as suas orações.

Cartas para Deus – Sinopse

Tyler era um menino de 8 anos que, após perder o seu pai, precisou lidar com uma dura batalha contra um câncer no cérebro. Como um modo de orar e manter o seu diálogo com Deus, o garoto começou a escrever cartar para Deus pedindo a melhora para ele e sua família, além de desabafar sobre os acontecimentos do dia e as suas incertezas sobre a morte.

Após o antigo carteiro entrar de férias, Bradly, um alcoólatra que havia sido preso após dirigir embriagado com o seu filho no banco de trás, acaba sendo o responsável pela rota de Tyler. Ele passa a receber as cartas que o menino colocava em sua caixa de correio para que elas fossem entregues para Deus.

Ele se emociona ao ver a força de vontade que a criança possuía, e então resolve levar as cartas para a igreja. O pastor, que já conhecia a história do garoto, preferiu que Bradly ficasse com elas, já que acredita que elas foram parar em suas mãos por um motivo.

O carteiro, ainda sem saber muito bem o que fazer com as cartas, começa a se aproximar da família de Tyler e de toda a vizinhança, onde todos conhecem e amam a pequena criança especial.

Entre as melhoras e pioras, Tyler conta sempre com o apoio de sua mãe enfermeira Maddy que, apesar de ser infeliz por conta de todos os problemas, está sempre presente para Tyler e faz de tudo para que ele tenha os melhores momentos possível.

Sua melhor amiga também é outro ponto de apoio para a criança, já que ela sempre procura estar presente (e é vizinha de Tyler), defendendo-o de todos que tentam lhe causar algum mal, como o colega da escola que passa a importuná-lo quando ele tenta voltar a estudar.

Carta para Deus – Resenha

Mesmo as pessoas menos religiosas podem se emocionar ao assistir esse filme. A personalidade do garoto Tyler é extremamente apaixonante, mostrando a pureza e incerteza da mente de uma criança.

Mesmo com todos os problemas: o estado exaustivo da mãe, sua doença, a morte de seu pai e seu irmão adolescente cada vez mais revoltado e carente de atenção pela família, a criança não perde a fé em suas crenças, e apenas ora diariamente para que tudo se resolva.

A obra também mostra como é possível se arrepender verdadeiramente dos seus erros passados. Bradly bebia muito, o que resultou na perda da guarda do seu filho, um pouco mais novo que Tyler. Ao entrar em contato com a criança e sua emocionante história das Cartas para Deus (e até mesmo ler algumas das correspondências), o carteiro finalmente entende que precisa da fé e realmente muda suas atitudes para que a sua vida volte a ser como era.

A relação de Tyler com seu irmão Ben é outro aspecto bastante curioso: por mais que o jovem se sinta chateado por toda família dar atenção à doença do irmão mais novo e não ter tempo para as suas necessidades, como tirar a sua carteira de motorista, Ben entende que o seu irmão não tem culpa, e faz o possível para manter uma relação confortável.

O final do filme, por mais triste que seja, mostra que a pequena criança cumpriu sua missão em vida, fazendo com que todos estimulassem seu contato com Deus, seja por meio de cartas ou com orações convencionais.

Os atores escolhidos interpretaram muito bem seus respectivos papéis, fazendo com que a obra não seja nada forçada ou leve demais. Mesmo existindo outros filmes que relatam crianças e jovens que sofrem com o câncer (Jogo da Vida, Um Caminho de Luz, Uma Prova de Amor, e outros) a obra consegue se destacar e mostrar o seu potencial.

Com uma sociedade cada vez mais pessimista, estamos, aos poucos, perdendo a fé (não necessariamente em um deus, mas também em nós mesmos, nos nossos sonhos e nas pessoas que nos cercam).

Isso faz com que fiquemos cada vez mais deprimidos e não conseguimos encontrar o verdadeiro sentido de estarmos aqui, neste planeta, e quando encontramos, parece que nada dá certo, e sempre estamos voltando à estaca zero.

Tyler mostra que, mesmo com tudo dando errado, precisamos continuar tendo fé e acreditando no melhor, não somente para nós, mas também para as pessoas que amamos, pois mesmo após a nossa partida, o que fazemos de bom é o que fica para a posterioridade.