Imagine Só – Filme Repleto de Fantasia Com Eddie Murphy

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Imagine Só – Sinopse

A comédia familiar de Eddie Murphy, “Imagine Só”, é uma fantasia agradável e despretensiosa, na qual um gerente de investimentos de sucesso recebe conselhos dos amigos imaginários de sua filha. O espectador nunca vê os amigos, mas acompanha a grande recreação da menina, numa atuação encantadora da, na época novata, Yara Shahidi.

Eddie Murphy

A atriz-mirim interpreta Olivia, de 7 anos, que não vê o pai com frequência. Ele é Evan Danielson (Murphy), que está competindo por uma grande promoção na empresa em que trabalha na cidade de Denver. Olivia está sendo criada por sua ex-esposa (Nicole Ari Parker), que insiste que é hora da criança passar mais tempo com o pai.

Evan não está preparado para lidar com isso ou com muita coisa além do trabalho. O homem não consegue encontrar babás, leva a criança ao escritório e, para seu horror, descobre que Olivia desenhou com giz em todas as suas anotações e gráficos de uma reunião crucial.

Nada vai bem. E pior, ele é ofuscado por Johnny Whitefeather (Thomas Haden Church), um nativo americano que evoca os grandes espíritos e lendas indígenas para convencer os clientes de que a força está com ele.

À medida que a semana avança, fica claro que o cobertor especial de segurança de Olivia, “Goo Ga”, e seus amigos-princesa imaginários são previdentes sobre negócios. Quando Evan se solta e começa a acreditar nos amigos invisíveis da filha, parece que ele deslancha e começa a superar seu concorrente.

Imagine Só – Crítica

Os pais precisam saber que o filme “Imagine Só”, de título original “Imagine That”, é uma comédia entre pai e filha com o experiente ator Eddie Murphy voltada diretamente para as famílias, então com certeza as crianças vão se interessar. A boa notícia é que se trata principalmente de uma película leve e familiar, exceto por algumas exclamações como “porcaria” e “inferno” ou raras referências e piadas sobre os nativos americanos e sua cultura.

Enquanto o personagem de Murphy começa crucialmente interessado em promover a carreira, com o passar dos acontecimentos, o pai finalmente aprende uma importante lição sobre colocar a filha em primeiro lugar.

Dentre os filmes de Eddie Murphy semelhantes a este, como “Dr. Dolittle” ou “O Grande Dave”, “Imagine Só” se parece mais com o primeiro que com o segundo.

A ideia é simples, onde a história é como um conto de ninar moderno. Algo parecido com “Ponte Para Teratíbia” (sem todos os efeitos especiais, já que nunca se vê o reino mágico de Olivia), somado ao estilo de humor maníaco de Murphy, assim o filme “Imagine Só” é mantido a um nível divertido, mas não irritante.

Em comparação com algumas das recentes comédias de Murphy, este pequeno e encantador conto de fadas entre pai e filha é perfeito para a matinê da família.

A principal razão para o apelo do roteiro é a adorável química entre Murphy e Shahidi. A garota não é só fofa, mas também incrivelmente encantadora. O influenciável nativo americano de Haden é outro personagem engraçado que na metade do tempo alivia o tom ofensivo de líder espiritual, dependendo da cena.

A cena mais cômica (e talvez a única para gargalhar no filme) é quando Whitefeather arruma o filho com a Red Bull (figura de um touro vermelho, símbolo indígena americano), o cobre com um cobertor cerimonial navajo e tenta extrair profecias financeiras dele. Bobo e um pouco estereotipado? De fato. Engraçado? Definitivamente.

Desse modo, “Imagine Só” é um filme divertido sem ser tão engraçado, com cenas muito apreciadas pelas crianças, como quando Evan faz panquecas, e Olivia insiste que ele as coma cobertas com ketchup, mostarda, molho de chocolate e molho picante. Os pequenos espectadores podem não entender todas as piadas verbais, mas ao brincar com a comida, a interação é garantida.

Em “Imagine Só”, Eddie Murphy permanece curiosamente no tom, sem passar por cima dos demais personagens. O ator faz o seu habitual diálogo rápido de gestos desesperados, porém mais sútil do que o de costume. O filme é realmente sobre o relacionamento pai-filha, e Murphy se sobressai interpretando alguém sincero, confuso, solitário e de bom coração. A chave para a química entre eles é o trabalho de Yara Shahidi como filha.

Aparentemente, a menina realmente tem 7 anos, e sua experiência anterior até aí é limitada a três episódios da série na “Na Maternidade”. A atriz-mirim é natural, não há tentativas de ser “fofa”. Ela interpreta todas as cenas de maneira direta e confiante, é cheia de personalidade.

Talvez atores infantis de hoje cresçam absorvendo a atuação da TV. Coisa que nem todos os jovens atores conseguem trazer para a vida adulta. Eles se esquecem de como cresceram.

Assim, todos esses elementos estão presentes e fornecem bons momentos, mas o diretor Karey Kirkpatrick, responsável pelo roteiro de filmes animados como “A Fuga das Galinhas” e “Os Sem-Floresta”, não consegue entregar a mesma surpresa destes.

O filme “Imagine Só” cumpre seu papel na tela, agradável, divertido, mas previsível demais para adultos e não suficientemente amplo para as crianças.

Sem falar que conta com um dos clichês mais exaustivos do cinema, o pai fazendo uma dramática entrada tardia no grande show da filha. Ainda assim, pense sobre isso: se os grandes líderes mundiais tivessem se voltado para seus filhos em busca de conselhos, talvez não estivéssemos em tanta confusão.

Imagine Só – Prós e Contras 

“Imagine Só”, uma comédia de Eddie Murphy que não é nem ofensiva nem ofensivamente ruim. Bem, depois da terrível falha de ignição de “O Grande Dave”, essa história é uma doce surpresa que de certa forma restaura a reputação de Murphy.

De forma revigorante, o conto de um corretor divorciado que se encontra recebendo dicas que parecem ser dos amigos imaginários da filha, não apresenta um único efeito especial óbvio, que permite ao diretor Karey Kirkpatrick se concentrar numa interação cômica decente entre Murphy e o rival Thomas.

Mas a verdadeira atração aqui é o relacionamento genuinamente afetivo entre Murphy e a recém-chegada Yara Shahidi como sua filha, dando ao filme “Imagine Só” sentido real.

O antagonista de Thomas Haden Church é uma invenção interessante: um vigarista de origem indígena, usando sua descendência para ganhar pontos na sala de reuniões, atraindo clientes com o folclore de seu povo. Isso é engraçado e deixa de ser ofensivo quando a vida de Johnny Whitefeather é descoberta.

Os créditos tecnológicos são bons, mas para um filme de US$ 55 milhões de dólares, baseado grande parte em um mundo imaginário, falta efeitos especiais e magia que atraiam as crianças, o público alvo. Kirkpatrick deixou essa idealização para o espectador, pensando mais na interação com os adultos do que propriamente com os pequenos.

Em “Imagine Só”, a trilha sonora original é exclusivamente de canções dos Beatles. Feita em formato pop como uma espécie de releitura e apresentação desses clássicos a um público mais jovem.

O filme foi lançado em 2009, e algumas das músicas da trilha sonora ficial são:

  • Here Comes The Sun de Colbie Caillat;
  • All You Need Is Love de Yara Shahidi;
  • Dance With You de Jon Ehrlich;
  • Five Little Monkeys de Karey Kirkpatrick;

Só resta dizer que, o filme trava seu caminho para um final meloso em que Evan é perdoado por sua filha, por sua ex-esposa exasperada (cujo novo namorado parece desaparecer nos momentos finais do filme) e também recebe uma promoção massiva. Isso é que é equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Imagine Só – Ficha Técnica

Título Original – Imagine That

Data de Lançamento – 12/06/2009

Elenco – Eddie Murphy, Thomas Haden Church, Yara Shahidi

Direção – Karey Kirkpatrick

Roteiro – Ed Solomom, Chris Matheson

Estúdio – Paramount Pictures

Gênero – Comédia, Família

Tempo de Execução – 100 minutos